domingo, 25 de agosto de 2013

Protetores auditivos contribuem a reduzir ocorrências da PAIR

Data: 12/08/2013 / Fonte: Revista Proteção

Os Protetores Auditivos (PAs) funcionam como soluções provisórias para a exposição do trabalhador à segunda maior causa de perda auditiva no mundo. "O ruído é, se não o principal, um dos mais importantes agentes causadores de doenças relacionadas ao trabalho, devido ao grande número de trabalhadores expostos e de lesões que ocasiona. Afeta também a população em geral, situando-se apenas depois do fator idade na escala de causas da perda auditiva", define o médico otorrinolaringologista e do Trabalho, Raul Ibañez.

No campo da Medicina do Trabalho, convencionou-se chamar o ruído ocupacional de nível de pressão sonora elevado. Entre os trabalhadores existe, simplificadamente, a exposição ao ruído contínuo, variável, intermitente, de impacto e de impulso. E não é de hoje que a medicina passou a reconhecer as lesões que o ruído pode causar aos ouvidos do trabalhador.

Já no século 18, Bernardino Ramazzini, considerado "pai da Medicina Ocupacional", introduzia o assunto aos estudos médicos.  Mas o problema passou a ser equacionado de forma definitiva somente após o final da Segunda Guerra Mundial, quando soldados veteranos, reinseridos na vida civil, apresentaram problemas auditivos devido à exposição a altos níveis de pressão sonora. Por conta disso, a fabricação de protetores auditivos passou a ser estimulada em larga escala, e disseminaram-se as iniciativas de controle ambiental do ruído, até então pontuais.

O começo

Foi em 1978 que as normas brasileiras deram impulso à evolução da proteção auditiva dos trabalhadores, com a portaria nº 3.214 que aprovou as Normas Regulamentadoras (NRs) relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. Ela apontou as diretrizes gerais sobre a proteção auditiva por meio da NR 6; definiu na NR 7 as diretrizes e os parâmetros mínimos para a avaliação e acompanhamento da audição em trabalhadores expostos a níveis de proteção sonora elevados; determinou a necessidade de medidas necessárias para a eliminação, a minimização e/ou o controle dos riscos ambientais  com a NR 9 e delimitou intensidade e período de exposição ao ruído com a NR 15.

Porém, o avanço não era suficiente. "A regulamentação da CLT neutralizava a insalubridade, mas não especificava sobre prevenir perdas auditivas", conta o médico do Trabalho e perito judicial, Ramón Sabaté Manubens.  Segundo ele, foi no final do ano de 1994 que o uso de PA tornou-se definitivamente obrigatório, prevendo a proteção contra lesões auditivas, graças ao advento do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e do Programa de Conservação Auditiva (PCA).

Anos 80 e 90

Médico do Trabalho desde 1974, Manubens declara-se pioneiro na implantação de Programas de Conservação Auditiva na década de 1980. "Realizamos os primeiros exames audiométricos ocupacionais em grandes redes nacionais e, naquele tempo, era possível encontrar expressivas perdas auditivas, uma vez que o uso de proteção era rudimentar na maioria das indústrias", relata.

Na época, poucas empresas cumpriam a legislação, não avaliavam, nem protegiam seus funcionários da exposição ocupacional ao ruído. A modernização da Medicina do Trabalho, a fiscalização e a judicialização das doenças ocupacionais, especialmente após a Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, levaram à adaptação dos ambientes de trabalho, e o problema do ruído ocupacional foi sendo paulatinamente controlado.

Data de 1994 a publicação de uma nova NR 7, que deixava para trás o nome de Exame Médico para ficar conhecida como Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO). Manubens lembra que, até então, a norma adotava a Tabela de Fowler como referência para diagnóstico das perdas auditivas ocupacionais. Porém, ela não fornecia elementos práticos suficientes para a prevenção, considerando que qualquer tipo de perda auditiva com predomínio nas frequências agudas acima de 2 KHz fornecia resultados positivos e não permitia separar a causa da perda somente pelo resultado matemático. 

Em paralelo, o Conarca (Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva), formado por um grupo de profissionais especializados na área, emitia boletins com normas técnicas para orientar os profissionais de Segurança e Medicina do Trabalho. "Apenas após 1994, com a publicação das normas técnicas anexadas à nova NR 7, os médicos do Trabalho passaram a seguir normas que permitiam diagnóstico mais confiável quanto à origem e evolução das perdas auditivas" descreve o especialista.

Reportagem: Camila Veiga
Foto: Divulgação - 3M do Brasil
Confira a reportagem completa na edição de agosto da Revista Proteção


Fonte: http://www.protecao.com.br/noticias/leia_na_edicao_do_mes/protetores_auditivos_contribuem_a_reduzir_ocorrencias_da_pair/AJyJJjjy

Livro Sistema de Gestão Integrada em Construtoras de Edifícios

Sons acima de 85 decibeis podem causar Perda Auditiva.


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Substâncias Químicas podem ser responsáveis por Surdez no Trabalho




Raquel Aguiar

Produtos químicos devem ser acondicionado com a devida sinalização
Por muito tempo o excesso de ruído foi considerado o único responsável por problemas auditivos ligados ao ambiente de trabalho. Apesar de pesquisas iniciadas na década 1980 indicarem que a exposição a substâncias químicas como metais e solventes pode causar, de forma lenta e gradual, perdas auditivas irreversíveis, o assunto ainda é pouco discutido. A pesquisadora e mestranda do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh) da Fiocruz, Andréa Pires de Mello, orientada por William Waissmann, alerta que a legislação trabalhista não considera este risco. "Existem limites máximos de exposição ao ruído, mas não há normas para a exposição a substâncias químicas no que se refere aos possíveis danos auditivos", explica. "É fundamental não apenas estabelecer limites de segurança para a exposição isolada a estas substâncias, como também para a exposição combinada ao ruído, muito comum em fábricas, que pode potencializar os danos auditivos" 

Avaliação Auditiva no Trabalhador

A semelhança entre o tipo de perda auditiva causada por ruído e por substâncias químicas pode ser uma das razões para a negligência em relação ao assunto. "Nos dois casos, a perda uditiva é neurosensorial e gradativa, atingindo inicialmente as freqüências de som agudas", explica Andréa. "O quadro evolui para perdas em outras freqüências sonoras, inclusive aquelas em que se concentra a fala. Também é possível ocorrerem zumbidos, antes mesmo da perda auditiva". Enquanto a exposição ao ruído lesa apenas estruturas do ouvido, a perda auditiva causada por substâncias químicas compromete também o sistema neurológico ligado aos sentidos. Não existe tratamento medicamentoso ou cirúrgico para este tipo de perda auditiva e o único recurso é o uso de prótese, muitas vezes de difícil adaptação.

Uso de EPI previne Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional
No Brasil, a legislação trabalhista fixa em 85 decibéis o limite diário de exposição para oito horas de trabalho e exige avaliação médica periódica para os trabalhadores expostos a ruído. No mundo, existem recomendações sobre os limites de exposição a substâncias químicas, mas não há legislações  specíficas. "Muitas substâncias químicas novas são introduzidas no mercado sem que sejam feitos testes para a toxicidade auditiva", observa a  esquisadora. "Além disso, numerosas substâncias usadas na indústria há décadas também não foram testadas". O problema levou à criação na Europa, no ano passado, de uma comissão chamada Noise-Chem, que se dedica a estudar os efeitos dos produtos químicos industriais no sistema auditivo.

Uso de EPI para manuseio de Produtos Químicos
A pesquisadora ressalta que produtos químicos e ruídos são responsáveis por diversas doenças, e não apenas por patologias auditivas. "O chumbo, por exemplo, tem efeito neurotóxico e os solventes podem causar encefalopatia", afirma Andréa. "Já o ruído contribui para o desenvolvimento de hipertensão, transtornos digestivos e do sono". A médica esclarece que o principal aspecto do estudo sobre a relação entre substâncias químicas e perdas auditivas é a reivindicação de melhores condições de trabalho. "A perda auditiva induzida pelo ruído é 100% evitável e no entanto só cresce. Nos Estados Unidos, é a doença relacionada ao trabalho mais comum. No caso das substâncias químicas, é necessário avaliar seu potencial tóxico para então estabelecer padrões seguros de exposição isolada e combinada ao ruído. É bom lembrar que, muitas vezes, a perda auditiva antecede outras doenças ligadas à exposição a substâncias químicas, atuando como uma espécie de sinalizador".

Fonte:   

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Programa Viva Bem PGM010 - Os cuidados com a Audição (reprise)

Filme Minha Voz, Minha Vida

SÉRIE:TESTE DA ORELHINHA

DIFICULDADE DE ENTENDER A FALA É SINAL DE PERDA DE AUDIÇÃO

Prestar atenção na própria condição auditiva pode ser a chave para ouvir melhor
O sistema auditivo nunca descansa, não existe uma forma de desligá-lo. Todos os dias as pessoas são expostas a uma diversidade muito grande de sons, isso significa que a audição trabalha de modo muito detalhista, para processar e atribuir sentido às informações recebidas constantemente. A habilidade de ouvir é parte integral da vida de qualquer um e muitas pessoas não se dão conta disso. Ninguém pensa no quanto esse sentido é importante e que, se não tomados os devidos cuidados, ele pode ser prejudicado e até ser perdido permanentemente. Ao mesmo tempo em que a perda auditiva é uma deficiência que pode ser prevenida de maneira simples, ela também é uma das queixas mais comuns da população – Segundo censo realizado pelo IBGE em 2010, cerca de 9,7 milhões de brasileiros declararam ter alguma deficiência auditiva, o que equivale a 5,1% da população do Brasil. Para evitar os problemas de audição, é preciso que cada um esteja atento a sua própria capacidade de ouvir, e que, caso perceba algum acontecimento diferente, procure um médico. A Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, otorrinolaringologista, de Curitiba PR, comenta que qualquer modificação na sensibilidade da percepção auditiva pode provocar desde consequências sociais até psicológicas. “Uma perda auditiva não tratada diminui de maneira expressiva a qualidade de vida da pessoa que a possui”, explica a especialista. Segundo estudo realizado pelo Conselho Nacional do Envelhecimento (NCOA/EUA1999) foi concluído que pessoas que possuem uma dificuldade auditiva e que não tiveram acesso aos recursos para diminuir as dificuldades impostas pela privação do ouvir bem foram mais propensas a desenvolver depressão, ansiedade e agitação quando comparadas ao grupo de pessoas com a mesma dificuldade, mas que procuraram auxílio. Esse mesmo estudo demonstrou uma grande melhora na qualidade de vida das pessoas que buscaram ajuda, refletindo nas relações familiares, melhora da autoestima, maior independência e autoconfiança. “É preciso que a pessoa afetada pelos problemas auditivos tenha informação sobre o que acontece com ela, só assim ela fica mais tranquila e descobre como lidar com essa questão”, ressalta Rita. SINTOMAS DA PERDA DE AUDIÇÃO Ouvir constantemente zumbidos, aumentar o volume da TV e do rádio e dizer “Hein!?”, “Hã?!” e “O quê?!” durante conversas normais e em ambientes pouco ruidosos são alguns dos sintomas mais comuns de quem sofre com a perda de audição. “Muitas pessoas escutam, mas não entendem as conversas pela diminuição da audição e da capacidade cerebral de processar os diversos sons e interpretá-los. Estes sintomas precisam de atenção. Além da sensação de mal-estar, pessoas que possuem uma perda de audição podem apresentar sintomas de dificuldade de concentração, fadiga e cansaço, dores de cabeça, tontura, estresse e até problemas com o sono. É preciso lembrar também que os efeitos da perda auditiva não estão limitados somente às pessoas que sofrem com o problema. “A família e demais pessoas próximas são diretamente afetadas quando envolvidas com alguém que começa a apresentar sintomas de perda de audição. Dificuldade na comunicação, falta de compreensão e a frequente necessidade de pedir para repetir o que foi dito podem ser frustrante para qualquer pessoa envolvida”, explica Rita, que diz que, para isso, as pessoas próximas podem tomar várias atitudes simples para tornar a comunicação mais fácil. “O primeiro passo para facilitar a comunicação com o deficiente auditivo é falar pausadamente, não gritar, de preferência de frente para que ele possa observar nossas expressões faciais que ajudam a compreensão do que está sendo dito. Embora ela possa ouvir o que você diz o recurso da leitura facial ajuda no entendimento da fala”, ressalta. Outras situações que tornam a comunicação mais difícil é o fato do ruído ambiental, que compete com os sons da fala e torna a sua compreensão ainda mais difícil. A especialista lembra que, quando a perda auditiva atinge os idosos, ela colabora para o isolamento social podendo fazer parte de um quadro depressivo. Para isso, além de avaliar os aspectos emocionais afetivos é preciso realizar o teste auditivo e o uso de aparelhos auditivos contribui para uma melhor evolução do quadro emocional e da qualidade de vida do idoso. Fonte:http://hnews.com.br/ Possui alguma dificuldade de entender a fala? Isso pode ser um sinal de perda de audição! Consulte-nos! Fga Michelle Carvalho - Fonoaudióloga e Gestora Ambiental. Telefone: 9486-6576 michellecarvalhoa@hotmail.com

Quem somos e o que fazemos?

Somos fonoaudiólogas com experiencia e pós-graduação, atuamos na área de Voz e Audição relacionadas à Saúde do Trabalhador. O Nosso objetivo é fornecer consultoria, assessoria e treinamento na área da conservação auditiva e vocal ocupacional, por meio da implementação do Programa de Conservação Auditiva (PCA) e do Programa de Conservação Vocal (PCV), fornecendo assim, qualidade no planejamento e respaldo Legal. Realizamos exames audiométricos em conformidade com: a Portaria 19 (NR-7) do Ministério do Trabalho, a Ordem de Serviço N° 608 do INSS, a Classificação Clínica Audiológica Padrão e a Classificação Clínica de Merluzzi. Em se tratando da prevenção dos distúrbios vocais ocupacionais a NR 17 anexo 2, fornece subsídios para a prevenção de doenças da voz ocasionadas pelo mal uso durante a jornada de trabalho. Sendo assim, a fonoaudiologia pode contribuir na Orientação e na Prevenção de Riscos Ambientais que afetam a comunicação tais como o Ruído e o abuso Vocal.